Horas depois de a Ucrânia reivindicar um ataque em Moscovo que vitimou um tenente-general russo, as autoridades ucranianas acusaram a Rússia de ter lançado uma contraofensiva "intensa" com a participação de tropas norte-coreanas na região de Kursk, parcialmente ocupada por forças ucranianas.
O comandante ucraniano adiantou ainda que as tropas ucranianas "mantiveram firmemente" as linhas da frente "destruindo pessoal e equipamento inimigo". Segundo as forças especiais ucranianas, foram combatidos 50 soldados norte-coreanos e ficaram feridos mais 47 na região de Kursk.
A Rússia reivindicou também, esta terça-feira, a tomada de uma nova cidade no leste da Ucrânia, Gannivka. O Ministério da Defesa russo afirmou ter capturado a cidade a menos de 10 quilómetros a sul de Kurakhove, que fica perto de um importante depósito de lítio, um mineral raro.
O anúncio surge um dia depois de o presidente russo ter elogiado as tropas por terem “tomado a iniciativa ao longo de toda a linha da frente”.
“O exército russo conquistou 189 cidades ucranianas em 2024”, afirmou Vladimir Putin num discurso dirigido aos altos funcionários do Ministério da Defesa, segundo a agência francesa AFP.
O exército ucraniano, minado pela falta de homens e de armas, tem estado na defensiva há mais de um ano. Desde o outono, as forças ucranianas têm vindo a recuar cada vez mais rapidamente.
Segundo o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, a Rússia conquistou 4.500 quilómetros quadrados de território ucraniano este ano e avança atualmente “30 km2 por dia”.
Em particular, o exército russo tem como alvo as cidades de Kurakhove e Pokrovsk, na frente oriental.
No entanto, o exército russo não conseguiu ainda libertar toda a área ocupada pelas forças ucranianas na região russa da Kursk, junto à fronteira.